quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um longa chamado Amor.


Agora a intenção é tentar ver como vai ser o amanhã, seguir em frente e prosperar novos rumos. Está tudo exatamente igual, o filme começa e você já o viu, tem a mesma sensação ruim e angustiante. O que muda mesmo, não importa quantas vezes você vá assistir, é o final. Não somos livres de sentimentos, mas o cansaço e a descrença te fazem crer que a melhor coisa que você poderia ter feito era sair antes que ele começasse. Deixaria de ver os mesmos erros, evitaria os novos, deixaria de aprender ou reforçar a matéria, as anotações. Mas por causa dos sentimentos, você comprou outro bilhete para ver uma inédita reprise.
O que você sente ao ver o filme agora? Raiva, ódio, decepção? Sim, um pouco de cada um. Teu olhar agora está mais critico do que da primeira vez, você consegue enxergar erros de direção, o roteiro parece ser o mesmo, contudo alguma coisa está escondida. Presta mais atenção nas atuações dos atores, acaba percebendo que não há mais sintonia entre eles, cenas de amor ficam esporádicas, perdem a sinceridade e tudo não passa de, como é de fato, uma ilusão.
Ao sair da sala você começa a querer saber como vai ser a continuação, se houver. Imagina também um novo filme, tudo reestruturado. Imagina como vai ser o amanhã com a certeza de que não se deve ver o mesmo filme em um curto espaço de tempo. Lição aprendida. Toda reprise tem seu momento. Se o filme realmente, apesar dos apesares, tiver sido bom, será reexibido. E o melhor de tudo: corrigido.
E chegando quase na esquina, antes de deixar o cinema para trás você da uma última olhada no letreiro e lê os dizeres: EM EXIBIÇÃO – O AMOR. Pensa em um dia voltar, mas com a mente mais “ensinada”.

domingo, 8 de agosto de 2010

Viver: um grande prazer

Talvez não seja o fim de uma grande historia. Talvez seja. Há quem goste de ser enganado, fingir que nada está acontecendo e ser um otimista barato. Há quem tolera mentiras, mas que investiga até o fim o porquê de tantos contos. Há quem simplesmente acredita em um amor jovem, fantasioso e não vê nada além de felicidade eterna, que geralmente só existe em filmes.
Desses, os que agem de maneira racional, depois de determinado tempo andando em círculos, acabam desistindo da crença da felicidade e buscam novos substantivos para o bem estar. O fim da historia, agora, se torna apenas um fato concebível. O inicio de outra se torna um fato praticamente criado e educado, pronto para viver no mundo das esperanças. Contudo, a certeza de que tudo tem um fim dessa vez o acompanha, a racionalidade fica equiparada com os sentimentos, vivendo em harmonia. Nem sempre perfeita.
Novos rumos serão tomados, historias iniciadas e finalizadas e a certeza de que o bem estar sempre vai ser a imparcialidade das decisões da vida. Afinal, a graça disso tudo é saber arriscar e tolerar as conseqüências. É rir, chorar, se arrepender, mas sempre ter a certeza de que tudo foi feito com esforço, dentro do limite de cada um. Ninguém poderá dizer que você não lutou. Ninguém será capaz de julgar alguém que vive em busca de amor.